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Sônia Maria Palhares de Alverga



Sônia Maria Palhres, along with her husband Alex Polari de Alverga, was one of the companions of Padrinho Sebastião. They helped to found the community of Mauá, where they remain Padrinho and Madrinha. She now lives and teaches in Mapiá, and travels the world sharing the wisdom of the Santo Daime lineage. Firmado na Luz is often sung to honor the Mothers and the presence of the feminine guides.
Sonia Maria Palhares de Alverga nasceu no Rio de Janeiro, no dia 04 de outubro de 1949, dia de São Francisco de Assis. É casada com Alex Polari de Alverga com quem tem três filhos: Thiago, Paula e Davi, além de Joana, sua filha mais velha, fruto da sua primeira união. É avó do João, que tem agora quase dois anos, filho de Thiago e de Ana.
Sonia é Bacharel em Literatura Brasileira pela UFRJ, Licenciada pela Faculdade de Educação da UFRJ e Pós-Graduada em Teoria da Literatura pela PUC-Rio.

Sonia conheceu o Santo Daime em junho de 1982. Sentia-se incompleta na vida, mas não tinha ligação com nenhuma tradição ou prática espiritual. Nesta época foi à Colônia 5000 – nos arredores de Rio Branco - fazer um vídeo sobre o Daime, que já despertava interesse para além das fronteiras da região norte. O Feminino Sagrado, a feminilidade, a mulher, o ventre, a terra, a fertilidade, todos estes mistérios que envolvem o tema se apresentaram a ela na sua primeira experiência com a bebida:

“Quando entrei na igreja senti uma emoção em ver que ali estava tudo que eu vinha buscando, naquela gente simples. Quando a força do Daime chegou, me vi como nunca - eu estava em cima do planeta Terra. Essa era a consciência. Senti a vida na Terra, útero da mulher, da Mãe Divina. Do gerado, do gestado, do feminino".

Em dezembro do mesmo ano, Alex foi ao Rio do Ouro, onde o Padrinho morava nesta época, e recebeu a missão de começar um núcleo em Visconde de Mauá. Começaram então a fazer os trabalhos na garagem da própria casa, lá mesmo em Mauá. Em 1984, a igreja ficou pronta e em dezembro de 1985 a família toda se mudou para uma casa mais próxima à sede e aí começou a comunidade Céu da Montanha. Nesta época moravam lá mais ou menos 70 pessoas. Havia escola, uma cozinha comunitária, um centro de pesquisa em fitoterapia, oficina de tecelagem, e um grupo de mulheres muito unidas.

No final da década, em 1989, Alex visitava o Mapiá quando o Padrinho Sebastião chamou a ele e sua família para irem morar lá. O convite foi aceito, afinal já tinham com ele laços de confiança, afeto e amizade.

“Nós havíamos acabado de construir a nossa casa em Mauá, nem pensávamos nisso, mas respeitamos o chamado e começamos a preparação: ele mandou a gente vir duas vezes com toda a família e na terceira, de vez. Em maio de 1993, finalmente fizemos a mudança. Uma decisão difícil, os filhos adolescentes, entre 9 anos e 20, mas conseguimos boa adaptação. O Padrinho Sebastião morou em nossa casa em Mauá por um mês, isso em 1987. Foi uma experiência maravilhosa. Ele era uma pessoa muito humilde e verdadeira, que conquistava a gente por sua simplicidade e amizade. Foi esse sentimento que nos deu coragem de largar tudo e mudar para o Mapiá”.

Sua ligação com Santa Madalena começou quando leu a “História de uma alma”, um manuscrito de Santa Teresinha que além de ser uma autobiografia, tratava do amor de Santa Madalena ao “Esposo Divino”. Depois desta leitura, num trabalho de estrela em 1986, recebeu o hino “As Forças Redentoras”, consagrando sua ligação ao amor devocional de Madalena ao Cristo. Passado algum tempo, o Padrinho Alfredo ofereceu a data de 22 de julho, dia de Santa Madalena, para que cantasse seu hinário, o que ela considera que: “foi mais uma forma dele me ajudar, pois eu estava num momento difícil do meu trabalho espiritual e eu sou muito grata a ele por isso”.

22-Forças Redentoras
(Madrinha Cristina)

Viva Deus Onipotente
Via essa Santa Doutrina
Viva Santa Madalena
Junto com a Santa Maria

Nossa Santa Madalena
Era santa pecadora
Junto com a Santa Maria
São as forças redentoras

Pra chegar a esse Poder
É preciso estar puro
Pra dispor do aparelho
Os espíritos de cura

Eu peço aos meus irmãos
Pra nessa casa respeitar
Os espíritos femininos
Que chegam pra se salvar

Pecadoras arrependidas
Podem já se libertar
Que aos pés de Jesus Cristo
Ninguém pode atormentar

Há algum tempo Sonia vem acompanhando Alex em algumas viagens ao exterior e nos dois últimos foram aos Estados Unidos e ao Canadá, onde achou emocionante ver o esforço das pessoas em seguir a Doutrina, com todas as dificuldades, principalmente a da diferença da língua.

Seu caderno de hinário - chamado “Firmado na Luz” – é composto de uma primeira parte com 39 hinos; a partir daí abre-se “A Estrela do Oriente” com mais 17 hinos e há ainda uma parte final, com os hinos oferecidos por ela a partir de 1987, atualmente são 11 hinos. Além da exaltação ao Feminino Sagrado, seus hinos nos trazem o entendimento do poder da conversão ao Amor Divinal que vem senão pelo Cristo e nos lembram da importância da Firmeza e da Fé para seguir nesta batalha aqui na Terra e no Astral.

Sua mensagem para toda a irmandade é:
“Ter um coração simples e seguir a Doutrina sem esmorecer, pois o tempo está forte em todo o mundo e só o amor crístico - que o Daime traz- pode nos ligar com nosso verdadeiro eu”.